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Resenha: "Herdeiros do Tempo" (Herdeiros do Tempo vol. 1) de Adrian Tchaikovsky

A nave Gilgamesh está levando alguns dos últimos sobreviventes de um planeta Terra deixado em ruínas por uma humanidade que destruiu o planeta. Eles estão seguindo para um planeta em uma galáxia distante, mas parece que o planeta para onde eles desejam ir não é tão desabitado assim.


Sinopse:


Quem herdará esta nova Terra? Os últimos sobreviventes da raça humana abandonaram uma Terra em ruínas, desesperados para encontrar um novo lar entre as estrelas. Seguindo os passos de seus antepassados, eles descobrem o maior tesouro da era passada: um planeta terraformado e preparado para a vida humana. Entretanto, nem tudo é perfeito no novo Éden. Há muito tempo inexplorado, o planeta seguiu um curso inesperado e não mais aguarda pelos humanos em paz silenciosa. Novos habitantes o dominaram, estruturando uma nova sociedade e transformando o último refúgio da humanidade em seu próprio lar. Agora, duas civilizações estão em rota de colisão, ambas testando os limites do que farão para sobreviver, e um conflito parece iminente e inevitável. Com os seus destinos interligados pendendo por um fio, resta a derradeira pergunta: Quem são os reais herdeiros dessa nova Terra?






A Morro Branco traz para o público brasileiro pela primeira vez um dos grandes nomes na atualidade da literatura de ficção científica. Adrian Tchaikovsky vem demonstrado ao longo dos últimos tempos o quanto pode ser prolífico e versátil. Para aqueles que adoram Brandon Sanderson, Tchaikovsky representa o mesmo para a ficção científica. Com uma escrita simples que pode ir de uma simples narrativa de fantasia (e ele tem algumas bem interessantes) até a ficção científica mais pesada, o autor chega com um de seus trabalhos mais conhecidos e que lhe rendeu vários prêmios. Herdeiros do Tempo vem para nos mostrar o quanto somos pequenos no universo e o quanto outras espécies poderiam ter alcançado evoluções muito diferentes da nossa, sendo tão ou mais eficientes que nós.


A humanidade singrou as estrelas e sua alta tecnologia agora busca outros planetas no cosmos. O Império tentou terraformar planetas até agora sem o sucesso desejado. Mas, a dra. Kern parece ter logrado mais êxito. Com um intelecto fora do normal e tecnologia que ultrapassa o senso comum, ela chega a um planeta em outra galáxia e inicia seu experimento primeiro com seus macacos de pesquisa. Ela pretende enviá-los para a superfície do planeta junto com nanomáquinas que irão forçar os processos evolutivos necessários para que eles possam atender às necessidades da humanidade. Só que uma facção extremista ataca a espação espacial em que Kern ocupa, alegando que a Terra foi tomada por eles que desejam o fim dessas explorações espaciais que vão contra os ditames religiosos. O resultado é trágico e os macacos nunca chegam ao planeta... outras espécies de animais é que chegam. As aranhas. Muitas gerações se passam e uma nave-arca chamada Gilgamesh se aproxima da estação espacial da dra. Kern. Dentro da nave estão os últimos remanescentes da humanidade, que deixam para trás uma Terra destruída após anos de uma civilização que regrediu e vive de aproveitar os resquícios deixados por seus antepassados. Ao chegarem na galáxia são recebidos por uma IA que emula a personalidade da dra. Kern. E ela não deseja que seu experimento seja interrompido. Para todos os efeitos ela acredita obsessivamente que seus macacos continuam no planeta. O planeta de Kern é a última esperança para essa humanidade deteriorada que está em uma nave em pedaços. O conflito é certo e o planeta parece não estar mais tão desabitado assim. Só não por macacos, mas por outras criaturas menores e tão perigosas quanto.


Se posso dizer sobre alguma literatura de ficção científica pura que li esse ano, esta é ela. Herdeiros do Tempo é tudo o que os fãs pedem e mais ainda. Tchaikovsky vai abordar evolução, imortalidade, religião, tecnologia. O livro parece muito maior do que ele é de verdade e ao final, vamos querer mais. A narrativa é escrita a partir de dois pontos de vista e é em terceira pessoa. Holsten Mason é um historiador que está presente na nave Gilgamesh. Ele representa o núcleo humano e é por ele que veremos como a humanidade tem se segurado para sobreviver à iminente destruição. O outro lado para mim é o mais legal de acompanhar. Somos levados à civilização de aranhas que evoluem a uma velocidade vertiginosa graças às nanomáquinas de Kern que estimulam porções de seu cérebro. Ao longo do livro humanos e aranhas vão ser deixados separados na maior parte do tempo. A ideia era realmente realizar o choque só no final da história. No núcleo das aranhas, acompanhamos como elas vão desenvolvendo conhecimentos e valores e a direção que sua cultura vai levar. É algo bastante alienígena de fato porque seus padrões de análise e de percepção de mundo são muito, mas muito diferentes da humanidade. E o diferente não significa melhor ou pior. Por exemplo, elas não se comunicam de forma verbal, mas através de gestos e dos fios de sua teia. Sua comunicação é perfeita dentro do mundo delas, mas ao nos vermos verbalizar nossa comunicação, elas acham bizarro e pouco eficiente. Já os humanos não conseguem entendê-las com uma comunicação entendida como primitiva. Isso é só um exemplo de o quanto Tchaikosvky pensou no momento em que criou seus indivíduos e sua história.


Nossa protagonista aranha é uma Portia. Mas, é preciso ter cuidado. O nome Portia é dado a um ser dentro desse coletivo de aranhas. Vamos acompanhar várias Portias ao longo de suas gerações. Ora ela será uma guerreira, ora uma artesã, ora uma sacerdotisa, ora uma mecânica. As funções sociais da Portia vão se alterando de acordo com o contexto daquele capítulo específico. Para que não percamos o fio da meada da personagem, Tchaikovsky fez algo criativo e que serviu como uma boa justificativa para manter a coerência: as aranhas herdam as memórias de suas ancestrais de forma cumulativa. Os conhecimentos não são aprendidos como acontece com os humanos, mas são acessados desde o nascimento. Isso compensa o menor tempo de vida delas, e acelera a evolução. Portia é diferente porque foi a primeira aranha que teve seu organismo acessado pelas nanomáquinas. As demais aranhas especializadas são suas descendentes. Todas as Portias que vieram depois herdaram as lembranças das que já se passaram. Isso fornece uma alternância na protagonista que dá um frescor aos capítulos. Isso porque nem sempre a Portia está na linha de frente. Ou isso ajuda a produzir subtramas bastante interessantes e que não tem necessariamente a ver com a evolução tecnológica do coletivo. Em um momento, Portia é uma sumo sacerdotisa de uma religião que venera Kern (que até então elas não sabiam o nome, apenas entendiam como a Voz). E essa Portia, em específico, vai precisar lutar para acabar com o domínio desse culto sobre as mentes das aranhas que haviam se atrofiado devido a uma resposta sobrenatural a tudo.


Beatriz funciona como a contraparte de Portia na maioria das vezes. Se Portia é uma sumo sacerdotisa, Beatriz é uma intelectual com pensamentos hereges; se Portia é uma guerreira, Beatriz é uma nobre; se Beatriz é uma engenheira, Portia é uma astronauta. Dentro desse mundo efêmero, Tchaikovsky vai criar uma série de situações que vão exigir de Portia alguma mudança que possa levar seus companheiros adiante. Os obstáculos à evolução são vários e cabe à protagonista descobrir uma maneira de sair desse labirinto de possibilidades. Em um dado momento as aranhas estão em guerra contra as formigas. Só que as aranhas estão em um número muito menor que as formigas, que usam táticas devastadoras para destruir seus exércitos. Portia é uma guerreira orgulhosa e Beatriz é uma espécie de bióloga mal vista entre seus pares. Vai estar nos ombros de Beatriz a resposta para a vitória das aranhas que terão no domínio das formigas a próxima etapa de sua evolução (muito em como o homem acabou domando os cavalos como um meio de transporte). Óbvio que vai chegar uma hora em que será preciso aprender a entender como ampliar ou controlar as funções das nanomáquinas. Essa é uma etapa fundamental para as aranhas.


Os capítulos alternam entre aranhas e humanos e aí entrando na seara da humanidade precisamos falar do tempo. Isso porque ele é bastante esticado nesse livro. As coisas acontecem em décadas ou séculos de existências. Os humanos estão fazendo uma viagem intergaláctica com tecnologia reaproveitada de um passado ao qual eles não tem tanto contato. Ou seja, eles conhecem a tecnologia de seus pares, mas não tão bem assim. Isso vai redundar em diversos problemas a eles. Sem contar que as distâncias são muito grandes e a maior parte da tripulação vive em animação suspensa. Apenas uma quantidade pequena de humanos é acordada vez ou outra para cuidar da rota feita pela nave ou ajustar algum problema que surgiu eventualmente. Holsten é uma parte essencial da tripulação e ele acaba acordado por pouco tempo antes de ser colocado novamente em animação suspensa. Isso dá a ele uma longevidade necessária para a Gilgamesh só que tira dele o senso de tempo. Holsten desenvolve uma relação muito próxima com a engenheira Lain, mas ele não consegue aproveitar o tempo com ela. Holsten recebe a alcunha de o humano mais velho de todos os tempos com milênios de idade, mas pouco desse tempo foi vivido de verdade. Percebemos uma sensação de deslocamento temporal que faz do personagem uma pessoa desesperançada com os rumos de sua própria vida. Ele não consegue ver aqueles que desenvolve relações por muito tempo e isso machuca seu coração.


Quando os humanos encontram Kern, se deparam com alguém descontrolada e instável. Eles sequer sabem se se trata de uma humana ou de uma máquina. Kern parece dividir sua consciência com uma IA (depois eles descobrem a real natureza dessa dualidade) e ela não parece saber o que aconteceu com o seu experimento. Ela apenas mantém um semblante de normalidade diante de uma situação que já ultrapassou os limites de sua compreensão, já que seu verdadeiro corpo também está em animação suspensa. Kern dá um ultimato aos humanos: ou abandonam o seu planeta e seguem para coordenadas de outra galáxia onde podem ser melhor recebidos ou serão destruídos. O poder de Kern acaba afastando os humanos que se veem em uma missão ingrata em outra galáxia com todos os seus suprimentos já quase no final. No meio de toda essa confusão surge o autoritarismo do capitão Guyen que decide tomar as coisas em suas próprias mãos. Holsten passa a se preocupar com o destino da humanidade já que Guyen pode vir a botar tudo a perder em uma vã tentativa de tirar alguém com acesso a uma tecnologia superior demais à sua.


Alguns momentos da história são dramáticos. Tem uma situação onde Tchaikovsky aborda a desigualdade social de uma forma bastante metafórica. Temos a tripulação principal onde cada indivíduo possui uma especialização e outra parte da tripulação que será usada como colonos no novo planeta a ser habitado pelos humanos. Guyen deseja transforma uma lua de gelo próxima ao planeta de Kern para não perder a proximidade com esse planeta que é o mais próximo da Terra em clima e atmosfera. Só que essa lua de gelo é um ambiente terrível que precisa ser habitado dentro de contêineres com pouco espaço útil de habitação. Os colonos são os que são enviados para lá e precisam sobreviver enquanto forem necessários. A tripulação principal entrou em animação suspensa, aguardando para habitar o planeta de Kern. Isso suscita uma revolta civil dentro da nave com os colonos reclamando de serem usados apenas como força de trabalho e sendo obrigados a viverem em um ambiente inóspito onde todas as suas gerações terão que viver ali. Para Guyen, pouco importa o desejo deles. O que importa é derrotar Kern. Para os demais da tripulação principal, eles se encontram em uma situação cômoda onde não terão que arcar com o ônus de uma vida miserável.


Herdeiros do Tempo é um livrasso com um nível de discussões que poderíamos ficar a noite toda conversando. Esses parágrafos que eu trouxe alguns momentos da trama nem podem ser considerados spoilers porque representam apenas uma pequena fração do que o livro traz para o leitor. O detalhe é que, caso o leitor não tenha gostado do cenário, pode ficar só nesse primeiro volume. A história se encerra bem ao final e deixa algumas pontas soltas que serão abordadas nos próximos volumes. Mas, não vão deixar a história incompleta caso a gente não volte mais a esse lugar. É totalmente compreensível porque a obra é multipremiada e fico feliz que tenhamos podido ler uma obra contemporânea como essa. Fica a minha cobrança à editora para terminar de trazer a série para nós e até que possa trazer mais coisas do autor para o Brasil.












Ficha Técnica:


Nome: Herdeiros do Tempo

Autor: Adrian Tchaikovsky

Série: Herdeiros do Tempo vol. 1

Editora: Morro Branco

Tradutor: Fábio Fernandes

Número de Páginas: 520

Ano de Publicação: 2022


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Em qui, 13 de out de 2022 13:18, Pedro Serrão escreveu: Opa Paulo Obrigado pela rápida resposta! Eu tenho um Interstitial que penso que é o que está falando (por favor desligue o adblock para conseguir ver): https://demopublish.com/interstitial/ https://demopublish.com/mobilepreview/m_interstitial.html Também temos outros formatos disponíveis em: https://overads.com/#adformats Com qual dos formatos pensaria ser possível avançar? Posso pagar o mesmo que ofereci anteriormente seja qual for o formato No aguardo, Ficções Humanas escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:15: Boa tarde, Pedro Gostei bastante da proposta e estava consultando a designer do site para ver a viabilidade do anúncio e como ele se encaixa dentro do público alvo. Para não ficar algo estranho dentro do design, o que você acha de o anúncio ser uma janela pop up logo que o visitante abrir o site? O servidor onde o site fica oferece uma espécie de tela de boas vindas. A gente pode testar para ver se fica bom. 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