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Foto do escritorDiego Araujo

Resenha: "O Instituto" de Stephen King

O Instituto guarda criança excepcionais e muitos mistérios a desvendar nesta nova história de Stephen King, publicado em 2019 pela editora Suma.


Sinopse:


No meio da noite, em uma casa no subúrbio de Minneapolis, um grupo de invasores assassina os pais de Luke e sequestra silenciosamente o menino de doze anos. A operação leva menos de dois minutos.

Quando Luke acorda, ele está no Instituto, em um quarto que parece muito o dele, exceto pelo fato de que não tem janela. E do lado de fora tem outras portas, e atrás delas, outras crianças com talentos especiais, que chegaram àquele lugar do mesmo jeito que Luke. O grupo formado por ele, Kalisha, Nick, George, Iris e o caçula, Avery Dixon, de apenas dez anos, está na Parte da Frente. Outros jovens, Luke descobre, foram levados para a Parte de Trás e nunca mais vistos.

Nessa instituição sinistra, a equipe se dedica impiedosamente a extrair dessas crianças toda a força de seus poderes paranormais. Não existem escrúpulos. Conforme cada nova vítima vai desaparecendo para a Parte de Trás, Luke fica mais e mais desesperado para escapar e procurar ajuda. Mas até hoje ninguém nunca conseguiu fugir do Instituto.

Tão aterrorizante quanto A incendiária e tão espetacular quando It: a Coisa, este novo livro de Stephen King mostra um mundo onde o bem nem sempre vence o mal.




O quanto alguém poderia provocar o mal apenas para evitar outro ainda maior? Portadores de capacidades extraordinárias têm suas vidas cativas pela expectativa de quem consegue manipulá-las ao realizar o improvável, sob o custo de atormentar, de tirar tudo relacionado à vida comum. Família, lar, amigos, as verdades menos complicadas; tudo proibido na cortina de ferro desta floresta onde reside uma instalação perversa, criada para manter o bem enquanto causa o inferno aos portadores, meras crianças alheias aos problemas do mundo. O Instituto confina essas crianças, tormenta-as em prol de um objetivo maior. Publicado em 2019 pela editora Suma com tradução de Regiane Winarski, um dos mais recentes livros de Stephen King mistura suspense ao paranormal entre personagens, que por fim acabam sendo apenas humanos.


“Grandes eventos se apoiam em pequenos suportes.”

Tim Jamieson tinha planos, apesar do destino ser incerto. Era policial até causar tamanha polêmica a ponto de sair do cargo e de onde morava. A intenção era buscar novas oportunidades em Nova York, apesar de poder adiar o objetivo caso surgisse algo interessante, como aconteceu em Dupray. Cidade isolada, pacata e monótona, encontrou ali a oportunidade de trabalhar de vigia noturno no departamento de polícia local. Tanto Tim quanto o departamento sabiam que aquilo ser temporário, afinal não há nada em Dupray capaz de segurar alguém parado ali por acaso. Isso até Tim encontrar um garoto saltando de um trem em movimento e batendo a cabeça em um poste.


No entanto, a história foca em Luke Ellis, garoto de doze anos e prodígio. Garantiu vaga em duas universidades e pretendia estudar em ambas. Consciente da situação financeira dos pais, o garoto aproveitou a própria inteligência e preparou uma solução antes mesmo de eles perceberem os planos dos filhos. Mesmo com uma mente brilhante, o garoto ainda era um garoto, receava medos comuns da idade e causava aquele frio na barriga, que provocava algo inusitado: mover objetos leves feito pratos vazios com a força da mente.



Certo dia ele acordou num quarto parecido com o dele, exceto pela janela inexistente e as roupas e pertences dentro do guarda-roupa diferentes. Estava sem os pais, apenas na companhia de crianças iguais a ele, apesar de nenhum outro ser um prodígio capaz de conquistar vagas de universidade. Eles tinham capacidades extraordinárias ao utilizar a mente, seja telepatia ou telecinese em diferentes níveis. Luke estava no Instituto, isolado em uma floresta remota do Maine, e viveria ali a passar por exames e testes feitos pelos adultos cuidadores em prol de um objetivo maior.


“Ser vigia noturno é um trabalho analógio em uma era digital. Ao menos em Dupray.”


A primeira parte do romance foca em Tim, ex-policial em busca de prosseguir na vida apesar do erro passado. O conflito apresentado no começo não tem nada referente ao enredo principal, nem provoca desafio ao personagem, ainda assim é útil ao apresentar os detalhes da vida de Tim, explorando a situação desta pessoa ordinária antes de o evento paranormal chegar à tona e mostrar o verdadeiro desafio o qual este ex-policial deve superar. São longas passagens dedicadas a Tim, e então só depois a trama principal surge; nada animador a quem prefere histórias objetivas, com um conflito principal claro logo de início. Aqui o objetivo é apresentar os personagens presentes em Dupray, demonstrando um ambiente vivo onde o personagem focalizado vislumbra junto ao leitor. Ao ler sem pressa, este pedaço recompensa pela qualidade persistente do autor, mostrando personagens mundanos e ainda assim interessantes a ponto de motivar conhecê-los antes do conflito principal.


A partir da segunda parte em diante segue o verdadeiro enredo, na apresentação do protagonista Luke e a aventura misteriosa pelo Instituto. As crianças presentes antes dele adiantam as informações obtidas por elas, alertam sobre os exames quase diários e nada agradáveis. Sem respostas o suficiente, instaura o mistério a ser desvendado sobre o lugar onde os funcionários mascaram crueldades com gentilezas e recompensas a crianças bem comportadas, mas sabem ameaçar quando o interesse superior do Instituto entra em cheque. A descoberta das informações provoca um jogo interessante, selecionando bem o que é esclarecido às crianças e o que fica disponível apenas ao leitor, manipulando o clima de tensão neste paralelismo de conhecimento.


“No escuro, todas as sombras desaparecem.”


Novas crianças chegam, prolongam a estadia do Instituto e a do romance também. Repetindo a situação passada com Luke aos novos personagens, causa um conflito desnecessário entre eles para avançar a história sem prosseguir com a trama principal, tornando-se um empecilho a esta. É diferente do começo onde apresenta pessoas comuns prestes enfrentando uma situação extraordinária. Desta vez traz personagens com elementos já esclarecidos e insistentes, tornando a história monótona. O jogo das informações perde a força, com a descoberta destas pelos personagens diluídos nos conflitos emergentes; alavancando a expectativa no começo para depois desmanchar em algo já conhecido pelo leitor.


Evitando contar os detalhes de determinado momento da trama, houve um certo plano de ação planejado demais, com muitos recursos envolvidos os quais o próprio narrador confessa parecer inviável estar disponível pela conveniência do personagem, e então elabora justificativas ao estar ali. Um novo problema ocorre, este solucionado pelo personagem que o incitou ser do tipo empático, ouvindo antes de agir e decidindo ajudar em vez de atrapalhar. Deus Ex-machina fez mais além de acenar a esta parte da história, pois bateu o ponto e cumpriu todo o expediente.


Com uma narrativa onisciente, alterna o foco dos personagens com certa frequência, mostrando a situação na ausência de Luke e até o problema enfrentado pelos antagonistas. É fácil acompanhar essas trocas de perspectivas, longe de comprometer a trama principal. Já a diversidade dos personagens explorados no romance em cenas arrastadas causa problemas quando acontece algo a eles. Ainda acontecem grandes desastres ― estamos falando de um livro do Stephen King, afinal ―, só poderia ser melhor aproveitado ao limitar o foco dos personagens secundários.


“Era interessante de um jeito meio horrível.”


O Instituto promete ótimas propostas do romance no início, elevando as expectativas que falham em atendê-las. Satisfaz a progressão das capacidades paranormais das crianças, irrisórias no começo, tímidas conforme avançam na trama, e sem detalhes de como é o final, apenas garantido valer a pena conferir, sob o preço de encarar tramas secundárias ou mesmo momentos da história principal capazes de desacelerar a empolgação, preço que nem todos ficariam contentes em arcar.



Ficha Técnica:


Nome: O Instituto

Autor: Stephen King

Editora: Suma

Gênero: Terror

Tradutora: Regiane Winarski

Número de Páginas: 544

Ano de Publicação: 2019


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