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Foto do escritorPaulo Vinicius

Resenha: "O Perfuraneve" de Jacques Lob, Jean-Marc Rochette e Benjamin Legrand

O Expresso Perfuraneve atravessa um mundo gelado e desesperançoso. Após uma tragédia ambiental sem proporções, os sobreviventes se apertam em um trem de 1001 vagões onde a humanidade vai se deparar com seu maior inimigo: ela mesma.



Sinopse:


O inverno chegou e pode durar para sempre! Após uma hecatombe nuclear que alterou o clima da Terra e a afundou em uma eterna Era do Gelo, a humanidade não tinha chance nenhuma de sobreviver. Exceto por um pequeno grupo que encontrou refúgio em um trem de tecnologia revolucionária, o Perfuraneve. A locomotiva representa a salvação da humanidade e confina, em seus mil e um vagões, toda a esperança de vida no planeta. A convivência se torna o grande desafio para os últimos representantes da espécie, que rapidamente se adaptam e organizam a vida no novo habitat. Nesse momento, os velhos mecanismos que levaram o planeta à destruição voltam à ativa, incluindo a divisão de classes: os passageiros são divididos em “castas”, cada uma em um vagão, ficando os pobres no fundo e os ricos na frente. O trem também é cenário de racismo, religião e alienação. Considerada uma das melhores HQ de Ficção Cientifica, O Perfuraneve teve seu primeiro volume publicado em 1984 e, após a morte de Lob, Benjamin Legrand deu continuidade ao trabalho e publicou os dois volumes seguintes: O Explorador (1999) e A Travessia (2000). A edição da Aleph traz o texto integral, unindo os três volumes, diferente do ocorrido em alguns países nos quais foi lançado divido em três volumes. A HQ funciona como um verdadeiro tubo de ensaio em que os autores analisam toda a humanidade, testando suas capacidades de organização, justiça e relacionamento, e a passagem do protagonista, vagão por vagão, é uma pintura fiel da sociedade estratificada. Com um enredo instigante e violento, repleto de ação e escárnio, O Perfuraneve é fundamental para quem aprecia grandes histórias.






O Perfuraneve é uma daquelas histórias que vão mostrar aquilo que há de pior no ser humano. Não espere ver heróis ou pessoas virtuosas por aqui. Todas estão dentro do expresso para tentar sobreviver. A gente sente o soco no estômago chegando a quilômetros de distância. Por ser uma HQ tão provocativa e com uma arte bem acima da média, achei que veria mais pessoas falando a respeito, mas não percebi isso acontecendo. Nem a chegada da série pela Netflix fez a procura aumentar, o que é uma pena. A HQ é uma das poucas publicadas pela Aleph em uma época em que eles tentavam ampliar o seu alcance frente ao público de ficção científica. Não sei se é porque o roteiro de Lob é ambicioso, porém eloquente; ou a arte de Rochette comece bem realista, mas se desdobra em uma abstração curiosa. Fato é que a obra merece a sua atenção e vou tentar convencê-lo disso nas linhas que se seguem.


Antes de qualquer coisa, é preciso destacar a habilidade narrativa de Jacques Lob e de seu sucessor na série Benjamin Legrand. Tudo o que temos sobre Perfuraneve seja na forma de HQ, de filme ou de série, não são a mesma coisa. A série O Expresso do Amanhã se passa após os acontecimentos da HQ enquanto que o filme é um prequel. E isso foi pensado por Lob lá atrás e faz parte do legado deixado por ele após sua morte. Infelizmente Lob nos deixou em junho de 1990 aos 62 anos tendo sido uma influência marcante no cenário franco-belga. A edição da Aleph conta com um extenso posfácio escrito, simplesmente, por Jean-Pierre Dionnet, um dos criadores da Metal Hurlant (a inspiração para a revista Heavy Metal) ao lado de Jean Giraud (vulgo Moebius) e Phillippe Druillet. Por falar no gênio Moebius, ele foi discípulo de Lob. O autor conta ainda com a marca de ter sido o único roteirista desta geração a possuir o Grande Prêmio da cidade de Angoulème em 1986. Isso porque Lob arriscou-se a produzir obras com sua arte, apesar de seu editor preferir que ele se focasse mais na produção de roteiros. Vale mencionar que Legrand assumiu uma missão difícil e conseguiu manter a qualidade da escrita lá no topo. O trabalho de ambos não passou despercebido a outros artistas como Phillippe Druillet que em sua obra Delirius (de 1973) contou com Lob fazendo o roteiro. Já Delirius 2 (de 2016) teve parte do roteiro de Lob sendo complementado por Legrand.


A HQ conta com três histórias, sendo a primeira mais longa: Perfuraneve, O Explorador e A Travessia. Apenas a primeira tem roteiro assinado por Jacques Lob enquanto que as outras duas são de Benjamin Legrand. Um aviso aos incautos: a HQ é longa e tem uma boa quantidade de quadros por páginas. Vocês não verão o uso de splash pages em momento algum na história. Até temos quadros de página inteira no começo de cada capítulo ou em momentos finais, mas não é o normal. A HQ tem tamanho europeu de 28,8 x 21 e o papel usado pela Aleph é um couché 170mg. Não costumo comentar sobre papel porque eu acredito que somente quando ele interfere demais na arte (seja para mais ou para menos) é que vale a pena ser mencionado. E aqui, felizmente, é para mais. O papel é ótimo, não dá transparência e ressalta a arte do Jean-Pierre Rochette. A gramatura torna a HQ bem parruda, mas ela tem pouco menos de 300 páginas. A tradução também está muito boa, tendo sido feita por Daniel Lühmann. O texto não está pesado e dá para pegarmos tudo numa boa.



A primeira história serve para nos ambientar com o universo criado por Lob. Só que o roteiro é bem direto e já sai tocando nos temas logo de cara. Uma tática inteligente feita por ele foi a de não perder tempo com flashbacks. Fazemos a reconstituição do passado dessas pessoas através de breves momentos em que eles comentam sobre como era antes. Proloff, o protagonista da primeira história, é um homem que vivia no vagão do fundo ao lado daqueles menos favorecidos. Um lugar escuro, apertado e sem ventilação onde a morte e o desespero acontecem diariamente. Só que o protagonista conseguiu fugir do seu vagão e conseguiu atravessar através do inferno branco e chegar em um dos vagões do meio. Tendo sido descoberto pelos militares, Proloff se torna uma espécie de curiosidade e atração para vários setores sociais do expresso. Os militares querem enviá-lo de volta para o vagão fétido dele. Os estudiosos querem entender como ele veio parar ali e como vivem as pessoas dos vagões do fundo. Os revolucionários querem um líder para chacoalhar as estruturas das classes dominantes.


Mas, e Proloff? O que ele quer? Bem, nosso protagonista é qualquer coisa menos um herói. Ele deixa bem claro desde o começo que deseja sobreviver e ter uma vida mais tranquila. Quem imputa coisas em suas costas são as outras pessoas. Seja a representante do movimento que acredita ter encontrado um símbolo, ou os demais que veem nele um problema. É curioso porque mesmo tendo uma atitude passiva, Proloff se torna agente de seu próprio destino à medida em que a narrativa avança. As decisões erradas dos outros o colocam em um caminho sem volta. Some isso a um tanto de curiosidade do personagem em conhecer os famosos vagões dourados que se situam nos vagões da frente. Mas, novamente: o personagem não é virtuoso. Tem um momento em que dois militares avançam contra a representante do movimento e acabam cometendo um ato de violência contra ela e Proloff não faz nada. Simplesmente por que ele não queria se envolver em uma briga que não era a dele. A atitude é horrível, mas revela muito sobre o personagem. A atitude virtuosa que ele vai ter no final dessa primeira história é fruto do acaso e das ações que o empurram a fazer algo que ele não gostaria de fazer.


Essa primeira narrativa me lembrou em parte a jornada que o protagonista de A Divina Comédia realiza. Ele vai atravessando as várias camadas do inferno e refletindo sobre o papel do homem no universo (okay, eu reduzi horrores a discussão do livro, mas queria me focar nesse elemento). O personagem criado por Dante Alighieri tem um motivo nobre em sua jornada. Ao perceber os pecados cometidos pelos homens, ele tem seus valores questionados. Mas, o que acontece se fazemos um homem amoral percorrer o mesmo trajeto? Proloff vai vendo pouco a pouco como a humanidade se corrompeu ao tentar se salvar de um destino cruel. Naquele trem está encerrado tudo o que restou da humanidade, mas parece que a situação extrema retirou o que pior existia deles. Temos lugares onde pessoas podem sofrer atos de violência por motivos banais, outros com banquetes maravilhosos enquanto homens morrem por um pedaço de pão, uma Sodoma e Gomorra elevada ao cubo onde os prazeres se tornam banais e um corpo dirigente que não sabe mais quem administra. Essa longa travessia vai terminar na Santa Locomotiva, o vagão número 1 onde teoricamente existe um Controlador, um ser quase messiânico que mantem todas essas pessoas vivas. E essa travessia vai sendo cada vez mais dolorosa até chegar aos momentos finais onde Proloff fará um teste de seu caráter.



A segunda e a terceira histórias são interligadas de certa forma, então só vou comentar sobre a segunda. Chama-se o Explorador e o protagonista agora é Puig Vallès, um homem que trabalha no time de exploração. Esse trem não é o mesmo da primeira história e vemos algumas coisas mais luxuosas nele, embora os mesmos problemas aconteçam. Os exploradores são enviados para fora do trem em ruínas para buscar artigos de luxo para membros da elite. Normalmente as missões são letais já que qualquer descuido leva à morte. Durante uma de suas travessias, um companheiro de Puig acaba morrendo por conta de um acidente infeliz. E Puig leva a culpa. Mas, Val, filha de Kennel, um dos dirigentes desse trem, demonstrou interesse por Puig. Como alguém responsável por criar projeções virtuais de ambientes antigos para que as pessoas possam relaxar, ela tem um projeto audacioso de expor o mundo real para todos no trem. O que se esconde lá fora? Puig se vê envolvido em uma conspiração que coloca facções umas contra as outras enquanto as pessoas se perguntam o quanto de humanidade terá restado nas pessoas.


Tendo sido um fruto de um período diferente da história, Legrand cria algo mais ligado a perguntas contemporâneas. Existe um espaço de quase vinte anos entre a publicação da primeira história e a de sua continuação. Um exemplo disso é a discussão acerca de uma sociedade de controle, um tema que no começo do século XXI preocupava alguns filósofos e intelectuais. Uma sociedade em que nossas vidas acabam sendo mediadas por veículos de informação. Ou até que a informação pode ser manipulada ao bel prazer de quem comanda sua difusão. Através de uma espécie de apresentador de TV, Kennel comanda as mentes das pessoas. Ele passa apenas as informações necessárias para que não haja nenhum tipo de revolta civil. As viagens virtuais servem para dar um alento às mentes cansadas do confinamento. E para criar algum tipo de disputa, realizam-se sorteios onde os vencedores tem direito a viagens especiais e personalizadas. Esse último elemento de enredo me lembrou um pouco os sorteios que aconteciam no mundo de Silo, criado por Hugh Howey. Claro que Silo foi escrito anos mais tarde, mas a ideia de criar uma separação entre "premiados" e pessoas comuns é bem interessante e reforça a ideia de controle social.


Há também um aspecto religioso acontecendo. Em um credo que tem na própria locomotiva uma espécie de ser divino e onisciente, o reverendo usa de suas homilias para enrolar as pessoas e ter vantagens e poderes políticos. Militares e religiosos estão de mãos dadas nesse mundo turbulento do expresso. Ou seja, é o poder sobre as mentes agindo lado a lado com a força das armas para garantir a ordem. Uma ordem essa, desejada por poucos oprimindo muitos. Isso sem falar nos cosmonitas, uma espécie de seita que acredita que o trem, na verdade, está singrando o espaço e os dirigentes não querem comentar sobre o assunto. Há muitas e muitas camadas a serem debatidas nessa HQ e essa segunda parte avança nas ideias pensadas por Lob originalmente. É um universo riquíssimo e só tenho a convidar os leitores a curtirem essa HQ ao lado da série e do filme. Vale a jornada.


O Quadrinho em 1 Quadro:



(Desculpem a foto horrorosa...)


Queria falar um pouco da arte do Rochette, mas pensei em usar um quadro mais à frente da história. Isso porque algo que talvez incomode alguns leitores de Perfuraneve é o quanto a arte dele se modifica entre a primeira e a terceira história. Na primeira, temos um traço mais carregado no preto e branco onde o artista se foca bastante na definição de personagens e fundo. A gente fica encantado com a preocupação em detalhar a anatomia dos personagens e com tudo o que existe no fundo dos quadros. Esse inchaço de detalhes nos revela um cenário claustrofóbico onde não existe o fora e o dentro; apenas o dentro. E esse espaço é compartilhado com milhares de pessoas. É tudo muito apertado e a privacidade é basicamente inexistente. Algumas tomadas de fora que ele faz ao longo dessa primeira parte são lindas. É só um enorme cenário preto com uma linha branca singrando de um lado a outro da página.


Já a partir da segunda história temos um foco grande na existência do cinza também. Se antes ele era menos presente, agora ele tem uma divisão igualitária. Isso dá uma noção de maior profundidade às cenas. Sumiram os detalhes e agora temos o emprego de imagens meio embaçadas. Os rostos já não são tão precisos, alguns parecendo quase borrões em cima de um corpo. Isso acontece porque o Rochette que fez os desenhos para Legrand era diferente daquele lá de 1983 com Lob. Sua arte beira a algo mais abstrato. É um fenômeno semelhante ao que acontece com Alberto Breccia em seu final de carreira. Em Buscavidas, sua arte é bem mais abstrata com os rostos sendo distorcidos e os cenários adotando um tom quase lisérgico. Esse experimentalismo é o que vemos aqui no segundo e no terceiro capítulos. É possível perceber esse enfoque no cinza e na distorção anatômica no quadro que eu trouxe acima. Notem também a presença de uma arte mais expressiva que ajuda a fazer o leitor entender que emoção o artista estava transmitindo ali. Nessa página em particular, o sentimento transmitido é o de desespero diante do que se aproximava dos personagens logo a seguir. Notem a ausência de expressão em Puig, nos aros brancos que se avolumam pelo expresso significando quase uma entrada em outro mundo ou o olhar perplexo de Val. É uma arte diferente, mas que possui uma riqueza e um grau de expressividade bem maior do que antes.












Ficha Técnica:


Nome: O Perfuraneve

Autores: Jacques Lob e Benjamin Legrand

Artista: Jean-Marc Rochette

Editora: Aleph

Tradutor: Daniel Lühmann

Número de Páginas: 280

Ano de Publicação: 2015


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